O Sol me convidou galantemente, e não pude resistir ao convite de sábado. Tinha pouco tempo, e fui pelo calçadão de uma das praias mais famosas do mundo pensando no tempo. Escolhi o lado oposto ao que costumo seguir. Fui olhando sombras, pessoas, tatuagens, expressões, ouvindo música, me enxergando por dentro. Até que, em certo ponto, a areia me chamou. E assim que meus pés a tocaram, o mar pareceu-me absolutamente irresistível. Segui uma reta. Quando meus dedinhos encostaram na água gelada, foi uma festa. Me senti criança, entregue, livre, sem defesas. Toquei o mar com as mãos, me perfumei de maresia, respirei - joguei pra fora o meu ar e me restituí daquela delícia. Era um contato vital. Se no início não sabia quanto tempo ficaria ali, de repente a necessidade era maior. Fui pela beira, caminhando, correndo, dando saltinhos. Poderia parecer ridículo, mas meus sorrisos sinceros provavam felicidade. E, sinceramente, não me importava a opinião alheia. Eu me sentia linda ali, de todas a mais bela... Liberdade!!
Quando, enfim, tirei os fones e parei diante do mar para agradecer ao Criador por aquela maravilha, surgiu aos meus pés uma menina. "Queria tanto ir mais pra dentro...". Virou-se pra mim, e disse: "Me leva lá?". Eu não pude. Enquanto a menina estava totalmente livre, quase sem roupa, com fitas nos braços e um colar virado pra trás, eu trazia os sinais da suposta adulta: celular, mp3, boné, óculos de sol, bloco, caneta, bolsinha, espelho, chinelos, e etc.s ... E também temi que algo a acontecesse, então, sorri e neguei. Mas fiquei ali, admirando. Ela continuou a me cercar, sem pedidos. O pedido negado se esvaziou com a primeira brisa, e ela não tinha o menor sinal da negativa, só sorrisos. Se jogava na água sem temer, era toda ali, união de criações divinas. Perguntei seu nome: "Carolina".
Fui me afastando, e observando Carolina... ela ajoelhou-se, em contato direto com sol, mar, areia, pele, criança. Pedi a Deus que a abençoasse, e que não tirasse de mim as lições de Carolina... A liberdade, a ousadia, a ingenuidade de confiar-se a uma desconhecida, o bem-querer gratuito, o riso e a falta de mágoa, a simplicidade. O sol e o mar na pele.
Continuei pensando que, não importam as dívidas que tenhamos, os compromissos, os sucessos e desatinos, sempre haverá Carolina... Sempre haverá mar, areia, meninos jogando bola, mulheres ao sol, rapazes exibindo seus corpos, música, Copacabana, cores irradiando, aromas naturais, conversas veladas e altas. Vida!! Independente da imensidão de cada um, sempre há aquela simplicidade do que sempre é. Graças a Deus!!
Voltei com aquele bom sabor... aquele aroma... aquela cor... aquele som de vida...
e aqui estou, lembrando daqueles instantes, do tempo, e da Carolina que me surgiu.
(ps. tinha que ser Carolina... justo neste momento, este nome..)
[p02. 19h48 - lembrei de outro detalhe. As unhas dos pés da Carolina eram de um rosa bonito, com desenhinhos em branco. Elogiei e ela disse: "Obrigada!". Livre, linda, e vaidosa a menina...]
Quando, enfim, tirei os fones e parei diante do mar para agradecer ao Criador por aquela maravilha, surgiu aos meus pés uma menina. "Queria tanto ir mais pra dentro...". Virou-se pra mim, e disse: "Me leva lá?". Eu não pude. Enquanto a menina estava totalmente livre, quase sem roupa, com fitas nos braços e um colar virado pra trás, eu trazia os sinais da suposta adulta: celular, mp3, boné, óculos de sol, bloco, caneta, bolsinha, espelho, chinelos, e etc.s ... E também temi que algo a acontecesse, então, sorri e neguei. Mas fiquei ali, admirando. Ela continuou a me cercar, sem pedidos. O pedido negado se esvaziou com a primeira brisa, e ela não tinha o menor sinal da negativa, só sorrisos. Se jogava na água sem temer, era toda ali, união de criações divinas. Perguntei seu nome: "Carolina".
Fui me afastando, e observando Carolina... ela ajoelhou-se, em contato direto com sol, mar, areia, pele, criança. Pedi a Deus que a abençoasse, e que não tirasse de mim as lições de Carolina... A liberdade, a ousadia, a ingenuidade de confiar-se a uma desconhecida, o bem-querer gratuito, o riso e a falta de mágoa, a simplicidade. O sol e o mar na pele.
Continuei pensando que, não importam as dívidas que tenhamos, os compromissos, os sucessos e desatinos, sempre haverá Carolina... Sempre haverá mar, areia, meninos jogando bola, mulheres ao sol, rapazes exibindo seus corpos, música, Copacabana, cores irradiando, aromas naturais, conversas veladas e altas. Vida!! Independente da imensidão de cada um, sempre há aquela simplicidade do que sempre é. Graças a Deus!!
Voltei com aquele bom sabor... aquele aroma... aquela cor... aquele som de vida...
e aqui estou, lembrando daqueles instantes, do tempo, e da Carolina que me surgiu.
(ps. tinha que ser Carolina... justo neste momento, este nome..)
[p02. 19h48 - lembrei de outro detalhe. As unhas dos pés da Carolina eram de um rosa bonito, com desenhinhos em branco. Elogiei e ela disse: "Obrigada!". Livre, linda, e vaidosa a menina...]
14 registraram seu vôo por aqui:
Quando olho para algumas crianças tenho um ligeira ilusão de que elas sou eu ^^
Gosto muito da ingenuidade infantil.
Um abraço.
Que coisa mais linda!
O mar é perfeito, lindo, demais.
É uma catarse estar próximo à ele.
Muito bonito seu texto. Espero encontrar uma Carolina dessas por aí.
Uma beijoca! Grandona!
"Independente da imensidão de cada um, sempre há aquela simplicidade do que sempre é"
Amém!
Lindo texto e obrigada mais uma vez pela visita!
Abraços e ótima semana.
Ly
E Carolina estava ali livre e ali ficará até que vire mulher desejando ser Carolina outra vez.
Que maravilha minha flor, perfeitamente feliz nesse escrito, uma viagem para a liberdade.
lindo dia,
beijos
Que coisa mais linda e que doçura transbordando na escrita. Demais!!!
Querida, vou te adicionar no msn ou mando email, essa semana tá super corrida, mas a gente se fala.
Só vou na FLIP no sábado, mesmo assim inda preciso resolver um super detalhe chamado Gabriele tem 11 anos....hahahaha
Beijossssssss
"meus sorrisos sinceros provavam felicidade. E, sinceramente, não me importava a opinião alheia. Eu me sentia linda ali, de todas a mais bela... Liberdade!!"amei isso!
Lindo cada detalhe de cada linda do seu texto...sensivel..doce..ingenuo..como crianças..como Carolina!
Beijos com cheiro de maresia..pra vc e pra Lid!
Ahh Sr. adulta..rs. Adorei.
Mas sou suspeita, adoro Copacabana, crianças e praia.
bjokinhas.
praia?????? aqui anda um frio danado rs
beijo
As crianças são de uma pureza fascinante!
Beijo.
Olá, finalmente consegui vir retribuir o seu vôo.
Verdade, temos em comum a identificação por borboletas, eu só não tive e nem terei a coragem de tatuar uma embora ache lindo.
Uma delícia aventurar-se em praias. Tô com saudade do cheiro de mar, do toque na areia, da brisa no rosto, das ondas batendo no corpo...
Que história gostosa de se ler, experiência gostosa de se viver.
Luz aos caminhos de "Carolina".
Bjs
OI Flor tem um Meme pra ti no infinitas idéias, busca lá.
bjs
Esta Carolina está mais para a Carol do Seu Jorge do que para a Carolina de Chico. Que bom.
Agora sim tenho orkut e poderemos nos ver mais.
Melissa Campos
São Luís - Maranhão
Bjs
Obrigada pela visita, a casa é sua! e que lindo o seu texto... acompanhei cada onda! E qualquer dia é belo com o cenário deste enredo!
beijocas!!
Obrigada!!!
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