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..:: lembranças de outros dezembros


Nesses dias de dezembro, têm me vindo a mente outros dezembros...

Éramos crianças metidas a pré-adolescentes. Passávamos meses ensaiando peças e musiquinhas de Natal na Igreja Batista da Ponte Branca - um bairro um pouco afastado da cidade de Paraty (onde moram meus avós e alguns tios e primos maternos). Dias e dias passando tardes lá, ensaiando, tentando deixar tudo certinho. Dona Mimi, a costureira, era a responsável pelas roupas de quase todas nós. Íamos lá e víamos as etiquetinhas com os nomes.

Quando chegava o grande dia, tchan-nan!! Geralmente chovia muito, e acabava a luz. (.rs.) Podem rir, porque hoje também nos damos ao luxo de rir. Mas, na época... Vou falar das amigas que continuam amigas mais próximas: Má, Gili, Loloca, Thaisinha Queiroz, e agora a Renata - que era tão próxima, e depois de muito tempo, me achou pelo orkut.

Mesmo assim, tinha algo de bonito... talvez o bucolismo. Meu pai, o então pastor, sempre foi um apaixonado pelo Natal. Ele comemora como a grande festa do ano, o aniversário de Jesus - e o nascimento de Jesus mudou e conduz a vida dele (é por isso e para isso que ele vive). No órgão, vô Felipe (saudades...) tocava aqueles belos hinos de Natal. Tio Joel regia, tia Sônia tocava instrumentos de sopro... Já que falei em roupas, é preciso destacar uma das grandes sensações da data: ver a roupa da vozinha Carmem. Sempre elegantérrima, ela se superava na data, linda, exuberante, carinhosa, tão querida...

Fizemos de tudo: cantata, bandinha (sim, eu toquei castanhola porque, como nunca fui pontual, foi o instrumento que sobrou), peças... A falta de luz que parecia um caos, não tirava o brilho da festa. O sentimento era bom, era grande, é eterno.

E ela me bate se eu não lembrar (hehe): dia 24 ainda é o níver da Gili. Deizziane queridaaaaaaaa!!!!

Na época já tínhamos as ceias de Natal. Com o tempo, os cultos, as preparações, as ceias mudaram. Tanto os cenários, quanto as ações, quanto a maioria das pessoas. Algumas se foram (pra outros lugares, ou pra eternidade no céu), outras chegaram... E nós crescemos.

Enfim, mas, a Má já veio me cobrar de, depois da nossa ceia, passar na casa dela. Claro que eu vou, afinal, onde tem a melhor casquinha de siri de Paraty? E onde eu completo a noite de carinho?! Oras, oras... não perco o Natal "Carvalho do Carmo Azevedo", não, meus queridos. E ainda tem o níver da Gili, que continua sendo festa, porque mesmo com tantas mudanças, continuamos amigas. Acho que mais amigas. E meu pai continua apaixonado pelo Natal... e a família e os melhores amigos ainda se reunem em volta da nossa mesa... e ainda escolhemos com carinho as roupas... e os hinos ainda são celebrados. E, acho bem que os anjos lá em cima relembram aquele dia em Belém, e canta conosco...

ps. dos que foram indo, ainda fazem muita falta o vô Jayr, a tia Xodó, o Emirzinho, tios Emir e Roberto, e a Nana. E o tio Zé, que logo volta, se Deus quiser!
Aos que chegaram (como nossas crianças), só alegria!!
+ ps.s. outra tradição que veio com o tempo (porque pra existir uma tradição, é preciso começar) foi de ir à casa da Tia Lena no início da noite do dia 24. Lá reencontro a família da minha irmã-amiga Loli. Todos queridos. E, aproveito pra babar muito na Bibi e no Luiz. Meus sobrinhos são amados demais... (e espero que esse ano o Almir leve o Tiago lá pra casa).

3 registraram seu vôo por aqui:

Estava Perdida no Mar disse...

Infelizmente, são poucos os que ainda não perderam o espírito de natal.

Janaina disse...

Tenha um Ano Novo maravilhoso, viu?
Um beijo enorme.

Anônimo disse...

Aprendi muito